22 de março de 2011

Santa Clara


Este Milagre é narrado na obra “A Legenda
de Santa Clara”, de autoria de Tomás de
Celano; o texto conta como Santa Clara
de Assis conseguiu expulsar as tropas sarracenas
do Imperador Frederico II de Suécia com o
Santíssimo Sacramento. Assim diz o texto:
“Pelotões de soldados e bandos de arqueiros
sarracenos, sombrios como harpias, estavam
acampados naquele lugar por ordem imperial,
com a finalidade de devastar os acampamentos e
conquistar a cidade. Um dia, durante um ataque
do feroz exército dos sarracenos contra Assis,
cidade particular do Senhor, eles irromperam nas
adjacências de São Damião, mais propriamente
no claustro das virgens. Os corações das monjas
se contraíram pelo terror e trêmulas de medo,
dirigiram os seus prantos à Madre Superiora
(Santa Clara), quem, com o coração intrépido,
ordenou que a pusessem, embora estivesse
doente, diante da porta, bem na frente dos
inimigos, trazendo uma caixinha de prata e
marfim, na qual estava guardado com suma
devoção o Corpo do Santo dos santos.
Prostrada em oração, entre
lágrimas, falou com o seu Senhor: “Ó Meu
Senhor, queres colocar as tuas servas indefesas
nas mãos dos pagãos, as mesmas, que por amor
a Ti, eu eduquei? Senhor, eu te peço, protege
estas tuas servas, porque eu sozinha não posso
salvá-las”. Imediatamente uma voz de criança,
vinda do Tabernáculo, sussurrou aos seus
ouvidos: “Eu as custodiarei sempre!”. “Meu
Senhor”, acrescentou, “protege também, se é a
tua vontade, esta cidade, que nos sustenta pelo
teu amor”. E Cristo lhe diz: “Terá que sofrer
duras penas, mas a minha proteção a defenderá”.
Então a virgem, ergueu o rosto banhado em
lágrimas e consolou as irmãs que estavam aos
prantos: “Eu garanto, minhas filhas, que não
sofrereis nenhum mal; somente tendes fé em
Cristo!” Não demorou muito e a audácia dos
agressores se transformou em espanto; e abandonando
apressadamente os muros que tinham
escalado, foram derrotados pela força daquela
mulher que rezava. Imediatamente Clara advertiu
as irmãs que tinham ouvido a voz: “Enquanto eu
estiver viva, cuidem-se bem, queridas filhas, de
comentar com qualquer pessoa sobre aquela voz”.

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