27 de junho de 2011





Uma experiência em Assis... A Igrejinha de

São Damião

Assis é uma cidade Medieval, como perfume das flores que enfeitam este lugar tão belo. Por aqui, visitantes de quase todos os lugares do mundo. A experiência de Assis quer ser este peregrinar por onde passou São Francisco, Clara e seus companheiros:

grutas, bosques, lugares, praças e eremitérios. A Igrejinha fica em Assis, construída entre o século VIII e IX sobre os restos de um antigo edifício, estava em precário estado, quando Francisco a restaurou, atendendo a ordem do crucifixo: “vai, Francisco, e restaura a minha igreja que, como vês, está em ruínas” (1206). Ele previu que o lugar haveria de se tornar a morada de Clara e das damas Pobres de São Damião (Clarissas), que viveram aqui de 1211 até 1260.

Aqui, em 1255, Francisco compôs o “Cântico das criaturas”, hino de louvor a Deus, no qual ele se proclama irmão de toda a criação.

Entra-se na igreja pelo lado direito, passando pela Capela de São Jerônimo, considerada parte da primitiva habitação dos frades, que receberam de Francisc

o a tarefa de dar assistência à comunidade das Clarissas. Entre 1517 e 1552, Tibério de Assis pintou ali um afresco da Virgem no trono, com os Santos.

Passa-se para a capela a Capela do Crucifixo, que guard

a uma escultura de madeira de 1637, obra de frei Inocêncio de Palermo. Mesmo na dolorosa agonia, a face de Jesus revela serenidade divina e desperta uma comovida participação na sua dor redentora.

O interior da igrejinha nos convida a uma profunda oração, no fundo a esquerda, a janelinha pela qual jogou o dinheiro obtido com a venda de tecidos para res

taurar a igreja.

Saindo do Claustro, no fim das arcadas, à esquerda, chega-se a um pontilhão, de onde se tem uma bela visão do jardim do Cântico. São Francisco passou mais de cinquenta dias em São Damião, sem poder suportar a luz do sol durante o dia nem a do fogo durante a

noite. Permanecia constantemente na obscuridade, no interior da sua cela. Jesus lhe disse em espírito: “Francisco, alegra-te e rejubila em meio a teus sofrimentos e tribulações - de hoje em diante vive em paz, como se já participasses do meu reino”. Francisco, pois cheio de alegria, disse: “Altíssimo, Onipotente, bom Senhor...” (Legenda Perusina, 43).

O lugar de Clara está marcado por uma cruz e por flore

s. Ao lado do refeitório, no corredor do claustro, afrescos de Eusébio de Perusa (1507): a Anunciação e São Francisco recebendo as Chagas.

Sobre o refeitório, não acessível ao público, a enfermaria do antigo mosteiro. A cela onde morreu Inês, irmã de Clara, foi trans formada em oratório para a oração e adoração.

Passamos pelo oratório e dormitório de Sa

nta Clara. Do alto, ainda a vista para o claustro, simples e harmonioso é um ambiente de paz. No claustro encontra-se a Galeria do Cântico, que promove m

ostras de artes gráfica e figurativa de autores que se inspiram no cântico franciscano.

Texto: Frei Erivan Araújo de Souza, OFMCap

Fonte: Jornal “O Caminho - partilhando vidas”


Nenhum comentário:

Pesquisar neste blog